Capitulo VII.
...O amor e mesmo inexplicável, surge
não sei de onde, bagunça a vida da gente todinha, as vezes arruma. Sacode como
numa tempestade depois acalma, sereno repousa no coração, ou morre se não for
cuidado com carinho e atenção...danmal.
No dia seguinte acordei com o brilho dos raios
de sol que entravam pela janela, Sophia não estava na cama, me levantei fui
tomar uma ducha, sai a procurá-la pela casa, não a encontrei, resolvi dar uma
olhada em meus e-mails, nada demais, Clar ainda estava em Londres, ainda tinha
problemas com a Mary, respondi que estava tudo bem, que estava em Dijon e
voltaria para Paris no dia seguinte. Olhei mais algumas coisas na net e sai em
busca de Sophia.
Encontrei o senhor Jean na adega, ele estava
dando alguns retoques na pintura do lugar.
-Bom dia, o senhor viu a Sophia por aí.
-Ela sai disse que ia ao tortu, é um velho
carvalho que tem a uns dois quilômetros daqui no fim do terreno, naquela
direção - Disse apontado onde seria o local. - Se você quiser ir lá eu posso
selar um cavalo.
-A não, cavalo não é minha praia.
-Vocês brasileiros só falam em praia. -
Falou isso rindo- se você quiser pode usar a charlote, minha moto.
A
moto parecia ter saído de um daqueles filmes da segunda guerra, antiga mais
muito bem conservada.
-Tome
conta dela, viu. É da minha Sophia também, a muito tempo que eu não viu seus
olhos brilharem tanto.
-
Pode deixar.
Sai
na direção que ele havia apontado, não fazia ideia do que eu estava sentindo,
mas teria que contar a ela tudo que havia acontecido comigo até ali.
♬“Eu acho que é maior que o
mundo inteiro
Eu penso ♪
♫ Eu quero
Eu sinto o seu cheiro
♬ a qualquer distancia ♬
♩o tempo passa, as flores mudam
de cores
e eu aqui”♪- Fabíola Porto
Sophia.
Acordei naquela manhã mais cedo que o de
costume, achei que o que tinha acontecido comigo tinha sido um sonho, então
senti seus braços me envolvendo, era reconfortante, me dava paz, não era
como...Antoni, meu noivo, pulei dá cama, por sorte ela não acordou, tomei uma
ducha, peguei algo na coxinha pra comer e sai precisava colocar a cabeça no
lugar, afinal eu amava Antoni, quer disser amo. Fui até meu “tortu”, meu lugar
predileto, me sentei a sombra daquele velho carvalho, a paisagem era linda, não
se via mais ninguém, Antoni fora ali uma única vez, não quis voltar, dizia que
o lugar tinha cheiro ruim.
Como
ela podia fazer isso, ela era linda, a forma como ela agia, jeito que me olhava
seu toque, sua gentileza, o gosto pelas coisas simples, tão diferente dele, mas
nunca havia me imaginado com outra mulher, se bem que ela parecia bem mais com
um homenzinho, rsrs.
-
Eu não posso continuar com isso. - pensei alto.
Iria
me casar com Antoni, mas não venderia aquele lugar, se ele me amasse teria que
aceitar, não viveria a sua sombra. Ouvi o barulho de uma moto e me virei, era
ela estava linda com uma jaqueta de couro e óculos escuros, senti meu coração
disparar, mas como isso podia estar acontecendo.
-Como
você me achou....
Jack.
Não
foi difícil achar aquela árvore imensa, Sophia estava sentada, bem embaixo de um
galho enorme, o vento leve balançava seus cabelos, ela parecia estar longe em
seus pensamentos, quando cheguei mais perto ela me olhou, seu olhar era de
espanto e desejo ao mesmo tempo, eu me senti como se o tempo estivesse parado a
minha volta.
-Como
você me achou.
-Tá
se escondendo é! –disse num tom de brincadeira, já me aproximando- O Jean me
disse onde você estava.
-Ele
não tem jeito...
-Olha
eu tenho que te disser uma coisa. - Falamos as duas ao mesmo tempo.
-Pode falar.
-Não você primeiro, Sophia.
Me encostei na moto, ela me olhou bem nos olhos,
aqueles olhos azuis me levavam a um estado de “lerdice’’ total, ela estava
nervosa, e eu completamente imóvel.
- Olha eu não quero te ofender, nem nada, mas é
que eu não quero mais vender a propriedade, eu sei que eu te trouxe até aqui,
mas é que eu amava o meu noivo, quer disser eu amo, e ontem eu ah... eu não sei
mais nada, você...-ela falou isso tudo quase num folego só, à medida que falava
se aproximava de mim até que não disse mais nada é me beijou.
Sophia
Comecei a falar o que pensava é fui me perdendo,
o jeito dela me cativava parecia um imã me atraindo quando dei por mim já
estava beijando aquela boca novamente, ela me abraçou suavemente, seu beijo era
delicado, gostoso. Ela puxou meu corpo junto ao dela, a sensação era que eu
estava em outro mundo, meu corpo ao sentir seu calor tomava vida própria, meus
sentidos se perdiam, sentia uma vontade louca de ter mais invadindo meu corpo.
Os beijos ficavam mais quentes, meu corpo agora estava em chamas queria tudo de
novo, as carícias, o toque, sua boca, tudo, tudo de novo...Antoni...Dei um
passo para trás.
- Me desculpa, eu não posso, eu...eu vou me
casar...
Jack
Aquele beijo queimava por dentro, não sentia
isso a muito tempo. Desde Camila.
Ela se afastou de repente.
- Me desculpa, eu não posso, eu...eu vou me
casar...eu não sei o que está acontecendo, mas eu não posso. Me perdoa eu não
quero te magoar.
- Tudo bem, não importo que uma mulher linda
como você me use de vez em quando. – falei num tom de brincadeira. ;)
- Eu não estou te usando. - disse com ar de
tristeza :(
-
Calma, eu estou só brincado.
-O
que você ia me disser.
-Há
deixa pra lá, não importa mais, eu espero que esse Antoni te faça muito
feliz...ele não é inglês?!
-É,
seus pais e que são franceses.
-
Olha eu tenho que voltar pra Paris, preciso ir a Londres, tem uma pessoa lá que
precisa de minha ajuda.
Sophia
-Sua
namorada? - perguntei com o coração na boca.
-
Não, uma amiga com muitos problemas, e precisamos conversar, nada mais.
Será
que era isso que ela queria me disser, por que eu estava assim, não queria que
ela fosse.
-Podemos
ir amanhã, tenho que ver umas coisas.
-Tudo
bem, vamos voltar, ou você quer ficar mais um pouco.
-
Não vamos voltar, eu quero levar algumas coisa pra Paris, e você vai me ajudar
Jack.
-OK,
Sophia.
Sophia
Queria
acreditar que eu não devia estar com ela, iria me casar, mas não consegui
aplacar a dor que me dava no coração de saber dessa tal amiga, pelo menos
ficaria com ela por mais algumas horas. Aí meu Deus eu tinha que parar de
pensar assim, queria pôr as ideia no lugar e acabei ficando mais confusa.
Sentada no meu cavalo voltei bem devagar, ela já tinha ido, a imagem dela
naquela moto era muito sexy, lembrei da noite anterior senti um frio na barriga
e um arrepio até a nuca.
-Onde
você está com a cabeça Sophia. – comecei a pensar alto. – é melhor você
sossegar, você é quase uma mulher casada.
Nisso
o celular toca.
-
Sophia, onde você está! – Adivinha quem era.
-
Oi amor, estou em Dijon.
-Só
podia ser, esqueceu de me avisar que iria aí, não esqueceu nada não?!
-
Não, o jantar com seus pais e só amanhã, estarei aí.
-Acho
bom mesmo, e vê se não vem me trazer aquele monte de besteiras daí, afinal você
já vendeu isso aí?! Ou vai ficar enrolando.
-
Eu não quero vender, essa vinícola é da minha família a gerações, eu gosto
daqui.
-Não
quero saber, Sophia, já te falei que eu não ponho os pés ai.
-Eu
sei, amanhã a gente se fala, Antoni. tchau!
-
Vende isso, tchau.
Meus
olhos se encheram de água, já estava perto da casa, vi ela de longe ajudando
Jean a encaixotar umas garrafas de vinho. Senti raiva de Antoni, tão rude e
insensível, mas ela tinha a tal amiga, mesmo assim com ela era diferente, como
podia, uma pessoa que eu mal conhecia mexer comigo daquele jeito.
Sequei
minhas lágrimas, estava tão confusa não tinha mais certeza do que queria, mas
me casar parecia, agora, não ser a melhor opção.
Jack
Cheguei
rápido na casa, Jean encaixotava umas garrafas e eu fui ajudar.
-Então
achou ela? Vocês conversaram?
-
Achei, mas acho que ela quer mesmo e se casar com não tem nada a conversar.
-Olha
eu não sou bobo, minha mulher tem uma irmã, sabe assim que nem você, tem muito
homem por ai que não vale metade de pessoas como ela e você, vocês escarram a
vida de frente. A senhorita Sophia vai ver que aquele Antoni não vale nada, ela
é muito apegada a isso aqui ela é muito sensível, precisa de alguém como você.
-
Mas não é tão simples, ela quer se casar e eu tenho que voltar para o Brasil.
Por falar nela.
-
Vocês não perdem tempo, pegou os tintos Jean?
-Sim,
Sophia, a Jack me ajudou bastante.
Olhei
pra ele, parecia que ele estava me empurrando pra cima da Sophia.
-Nem
tanto. Ele já estava quase acabando. - Falei ajudando-a a descer do cavalo.
Paramos
um pouco pra almoçar, a tarde passou rápido com os afazeres, deixamos o carro
pronto para viajem do dia seguinte. A noite caiu, depois do jantar nos sentamos
na sala para conversar um pouco, e.... beber um vinhozinho. Ela estava no sofá
e eu me sentei no tapete, não pude deixar de lembrar da noite passada, levei
meus olhos a ela que me encarava com ar de suspense.
-Posso
te fazer uma pergunta Jack?
Sophia
A
noite estávamos ali de novo, na sala que não seria mais a mesma para mim,
lembrei de tudo e de novo o frio na barriga. Estava curiosa, queria saber tudo
dela, o que tinha se passado na vida dela, se ela já tinha amado, se ainda
amava, quem era a tal amiga. Queria entender por que eu estava tão atraída por ela,
por que não deixava de querer seu corpo no meu, sua boca na minha, suas mãos a
me agarrar.
-Posso
te fazer uma pergunta Jack?
Sophia
-Posso
te fazer uma pergunta Jack?
Ela
me olhou, com uma cara que parecia saber qual era a pergunta. O leve sorriso
que ela deu me desestruturou, seus olhos, cor de mel, brilhavam como duas
estrelas no céu.
-
Agora já são duas.
-
Duas o quê !?
-
Você já fez uma pergunta, aproxima será a segunda.- Ela disse com ar de
provocação.
-É
sério.
-Tá
bom, o que é?
-
Eu sei que não tenho nada com isso, nem o direito de te interrogar, mas, por
favor, quem é a tal amiga que você vai ver, é uma ex-namorada?
-Quase
foi, nos conhecemos através de um amigo em comum, me interessei por ela mas
como ela era comprometida deixei na amizade a vida seguiu ai quando ela ficou
só eu estava com... enfim, ela se formou e veio pra Londres com uma mulher,
elas pareciam apaixonadas, mas a namorada dela pisou na bola e ela tá
precisando de ajuda pra voltar pro Brasil.
-
Você a ama?
-
Me apaixonei no passado, mas hoje eu...
Jack.
-
Me apaixonei no passado, mas hoje eu...- Meu pensamento viajou ao passado em
questão de segundos, me lembrei de coisas que queria esquecer, Clar com certeza
não era meu grande amor, mas o que dizer, a verdade, é claro...- Eu não amei,
nem a amo, tenho uma grande amizade, mas me deixei levar, e acabei ficando com
ela, mas sinto que não sou a pessoa que vai fazê-la feliz. Acho que eu é que
não nasci pra ser feliz.
-
Por que você diz isso, você é tão diferente, se preocupa tanto, ainda vai
encontrar a pessoa certa. Vai me dizer que nunca amou ninguém?!
-Amei,
mas ela se foi, ela era um anjo e Deus chamou de volta.
A
lembrança dela me doía muito ainda, meu grande amor perdido pra sempre, ás
vezes sonhava com ela mas ela sempre partia me deixando só na escuridão.
-Desculpa,
eu não queria te incomodar Jack.
-Tudo
bem, já faz mais de um ano, tenho que aprender a superar. Quem sabe a Clar não
me ajuda com isso.
-
Talvez...
Sophia
Meu
coração disparou, minhas mãos gelaram, ia disser a ela que seu lugar era aqui
comigo mas não pude, talvez fosse melhor assim.
-
O que, não entendi.
-
Nada, Jack. Quem sabe não é.- dei um sorriso completamente sem graça, meu
coração estava em pedaços.
Ela
se sentou do meu lado no sofá, me olhou nos olhos. Como eu queria um beijo, seu
toque, sentir seu corpo. Mas ela só me olhou.
-
Sophia, eu não quero que pense mal de mim, eu não me sentia bem assim a muito
tempo, mas eu não posso, eu não tenho o direito de atrapalhar a sua felicidade,
espero que você seja muito feliz com seu noivo. Você merece.
Pronto,
agora sim eu tinha morrido, será que ela não sentia nada por mim, por que pela
tal da Clar nada, eu tinha que descobrir.
-
Não seja boba, tá tudo bem. Jack, você acha que a Clar te ama?
-
Acho que não, ela só está meio perdida e muito magoada.
-
Então por que você pensa em ficar com ela?
-
Eu não sei se vou ficar com ela, já amei uma vez e perdi não sei se consigo
perder de novo.
-
Você, vai amar de novo sim, e vai ser amada, espera só.
Falei
aquilo afagando seu cabelo, ela sorri. Como eu queria abraça-la, disser que eu
a queria. Não sei por que, nem como, mas o Antoni não importava mais, eu queria
ela e lutaria por isso, seja lá com quem fosse, contra tudo e contra todos. Num
impulso procurei seus lábios, mas na hora erada meu celular tocou.
-Alo.
-Sophia,
eu tentei te ligar várias vezes, por que não atendeu.
-
Olha, Antoni, meu telefone não tocou. – Nada, eu que não quis atender.
-
E ai, consegui vender?
-
Olha, Antoni, eu não vou vender minha propriedade, eu amo isso aqui, e quer
saber não quero mais me casar com você. Seu egoísta mesquinho, adeus.
-Você
tem outro, neh! Só pode, no mínimo um roceiro, mas isso não vai ficar assim
você vai ver.
-
Adeus, Antoni!
Me
senti como se tirasse um peso dos ombros, mas quando me virei, ela não estava
mais lá, pensei em ir atrás, melhor não, amanhã eu conversarei com ela.
Jack
O
celular dela tocou, era o tal noivo, sai de perto não queria ouvir o que eles
tinham a conversar, minha cabeça estava uma confusão, a muito tempo, não
consegui esquecer o que tinha vivido com Camila, mas Sophia mexia comigo, Clar
parecia querer ficar comigo, mas talvez ela só estivesse magoada, de todo jeito
eu teria que vê-la de novo.
Quanto
a Sophia, eu sabia que não seria difícil amá-la, mas ela estava noiva e eu não
tinha o direito de me meter em sua vida dela e virar tudo de cabeça pra baixo.
Deitei na cama e fui dormir, afinal a viajem de volta seria longa.
-
Bom dia, Jack.
Acordei
com ela ao meu lado.
-Bom
dia, minha princesa, já quer pegar a estrada?
-
Primeiro eu quero te dizer uma coisa, ontem eu terminei meu noivado, meus
sentimentos já não são os mesmos, eu me apaixonei Jack, me apaixonei por você.
Não sei te explicar o que só sei que aconteceu, e se você me quiser ficar
comigo eu vou com você onde você quiser.
-
Nossa. - Fiquei sem palavras, não podia prometer nada a ela, tinha a Clar, mas
o pior era que ela mexia comigo mas eu tinha medo de que tudo acontecesse de
novo, poderia amá-la e ela descobrir que eu não era o que ela queria, o que eu
ia fazer?! – Não sei o que disser, princesa. Não é tão simples assim, você é
incrível, meu coração acelera perto de você, mas será que é isso que você quer
mesmo, talvez ele não seja a pessoa certa pra você, mas eu também não sei se eu
sou.
-
Não quero saber o que é certo ou erado, eu só quero ser feliz, e você me faz
feliz, Jack.
No
fundo do meu coração eu sabia que eu a queria, ela desfazia o vazio que Camila
havia deixado, eu não tinha nada a perder, mas não podia virar as costas para Clar,
ela precisava da minha ajuda.
-Sophia,
o amor não se explica, sei bem disso não quero ser uma decepção para você,
queria ter palavras pra te disser o que sinto mas não encontro as certas, antes
de mais nada ficamos assim, seu noivo vai querer que você diga que não o quer
olhando nos olhos dele, e eu tenho que resolver as coisas com a Clar, não tenho
nada com ela mas prometi ajudar então... Se depois disso tudo você ainda quiser
pode ir ao Brasil comigo, depois a gente resolve o que fazer, certo.
-
Não era bem assim que eu queria mas tudo bem. – Ela me agarrou me dando um
selinho. - Mas não quero saber de você se agarrando com outras por ai, quero
você só pra mim Jack, agora vamos embora, quanto mais cedo resolver isso
melhor.
Àquela
altura só queria ela mesmo, mas algo me incomodava, a lembrança de Camila.
Tinha jurado amá-la para sempre e o fato de estar me apaixonando por Sophia me
fazia sentir como uma traidora.
Sophia
estava com tanta pressa de ir que mal me despedi de Jean, ela ficou a viajem quase
toda em silencio, não quis nem parar, chegamos a Paris por volta de uma da
tarde ela me deixou no hotel e combinamos de nos encontrar no café as dez da
noite, ela queria que eu fosse até seu apartamento mas achei melhor não, o
ex-noivo podia dar as caras e não ia prestar.
Já
no hotel fui para o quarto, tomei uma ducha, olhei meus e-mails, nada de Clar,
resolvi ligar pra casa do Joe, foi a Clar que atendeu.
-
Alô!
-Clar,
é você?
-
Jack, ai que bom que é você, já voltou pra Paris?
-
Sim, estou aqui no hotel, e você, como estão as coisas?
-
Eu resolvi algumas coisas aqui mas quero conversar com você pessoalmente pode
ser?
-
Pode mas não posso ir pra Londres hoje.
-
Eu posso ir até ai Jack eu pego o trem das 20:00 durmo ai com você.
-
É Clar, a gente tem que conversar mesmo.
Passei
o endereço para ela e desliguei o telefone, liguei para a recepção e reservei
um quarto pra ela, minha cabeça estava a mil.
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